O Chavez é muito grosso (e foi parvo), o rei é muito fino (mas foi grosso), mas quem esteve mesmo bem foi o seu humilde sapateiro, perdão, Zapatero.
Também acho que Chavez se está a tornar um perigo para a região, tanto mais que não basta ganhar eleições - é preciso manter a democracia em funcionamento, o que não me parece que esteja a acontecer. Mas, por mais gozo que me tenha dado - e deu, confesso! - o rei tê-lo mandado calar, não o deveria ter feito, já que, goste-se ou não, Chavez é o Chefe de Estado da Venezuela, um país soberano e, para grande desilusão do rei, já não sob o jugo espanhol. Relembro que, para manter a ordem, estava lá a presidente da mesa. Ainda por cima não me parece que o rei – que está naquele cargo apenas porque nasceu, não porque tivesse sido eleito - tenha legitimidade, sequer, para mandar calar um espanhol em Espanha...
No entanto, posteriormente viu-se que, afinal, Chavez não é parvo nenhum - montou uma armadilha (na qual o palerma do rei caiu) e já está a lixar, conforme pretendia, as petrolíferas espanholas na Venezuela, agora com uma (boa) desculpa. E a comunidade espanhola também começa a ficar preocupada.
Parece evidente que o rei deveria, ao menos, saber que o princípio básico da diplomacia é engolir sapos educadamente - como, aliás, fez o seu humilde sapateiro, perdão, Zapatero.
Bom, isto já vai longo - por isso piro-me antes que alguém me mande calar!
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