CUOTIDIANO

quinta-feira, abril 13, 2006

Lendo o "Público" (2004/04/13)

"Quarenta por cento dos deputados do PS e dois terços do PSD faltaram às votações

Quarenta por cento da maioria socialista, 49 dos 121 deputados, e dois terços da bancada do PSD, 50 num total de 75, faltaram às votações de ontem no Parlamento, que não se realizaram por falta de quórum [...]
[...] Os deputados [estiveram] ausentes nas votações que antecediam um fim-de-semana prolongado devido ao feriado de amanhã e à antecipação da sessão plenária de hoje para a passada terça-feira [...]
[...] O Estatuto dos Deputados considera 'motivo justificado' para as faltas 'a doença, o casamento, a maternidade e a paternidade, o luto, missão ou trabalho parlamentar e o trabalho político ou do partido a que o deputado pertence'."
Se não estavam doentes, se não se casaram, se não lhes nasceu um filho, se não lhes morreu alguém, se não estavam numa missão, então... só podem estar em trabalho político, do género das convenções médicas realizadas a bordo de barcos de cruzeiro no Mediterrâneo. Infelizmente, o trabalho político que parece que os políticos melhor sabem fazer é ... descansar.
Curiosamente, isto passa-se numa altura em que se tenta galvanizar os portugueses para a saída da tão propalada crise, com constantes apelos a esforços e sacrifícios, quando os salários reais estão cada vez mais baixos e o custo de vida e o desemprego continuam a aumentar. Então, que melhor exemplo e motivação poderiam dar aos portugueses os seus excelentíssimos representantes que não fosse vê-los a ... descansar ?!
No entanto, visto por outro prisma, se calhar isto até é um bom sinal - Se eles, os senhores dos nossos destinos, os nossos digníssimos líderes, que tão bem conhecem todos os problemas do País estão tão descansados é porque, afinal, a crise estará já no fim e o Paraíso se aproxima. Então, porque é que nos havemos de preocupar?
Mais um belo mergulho no esgoto, senhores deputedos.

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