CUOTIDIANO

quinta-feira, maio 18, 2006

Lendo o “Público” (2006/05/18)

“Chimpanzés e humanos fizeram sexo depois das espécies começarem a separar-se”

Romeu, o chimpanzé e Julieta, a humana, quando há cerca de seis milhões de anos (até parece que foi ontem) se encontraram pela última vez, olharam-se demoradamente e, de mãos entrelaçadas, beijaram-se e trocaram pequenos e comoventes grunhidinhos de despedida – é que haviam sido proibidos pelos pais dela, o casal Darwin, de continuarem envolvidos. Nessa tarde, debaixo de um chaparro (Darwin, como o próprio nome indica, é um apelido tipicamente alentejano), pela última vez fizeram amor – e não sexo, como depravadamente seria escrito séculos depois. Então, e depois de se limparem com cuidado às folhas e de terem dado pequenas bufitas - um ritual de despedida que, nessa altura, era apropriado para esse tipo de ocasiões, para além de estar muito na moda - partiram, tristes e cabisbaixos, cada um para seu lado.

No entanto, seis milhões de anos depois, gerações e gerações de cientistas passadas, as grandes questões continuam em aberto. A saber:

- O pai de Julieta separou-os porque tinha inveja da dimensão do instrumento do Romeu?
- Terá sido este o primeiro caso de zoofilia?
- O Darwin da história era parente do Darwin da História?
- Em que posição é que a gaja pinou com o macaco?

Mistérios da ciência...

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