Estranhas formas de vida (II)
Cozinha. Jantavam - como sempre - em casa, partilhando as despesas e a solidão. O único diálogo que se ouvia era entre o bater sincopado do pêndulo do relógio da sala e o tilintar avulso dos talheres. Jantaram.
Sala. Após duas horas de silêncio televisivo ela, sem saber porquê, lembrou-se de uma frase de um filme que havia visto na adolescência. Disse-a.
- O esperma cheira a peixe podre.
Depois disso - era inevitável - ele tinha de dizer, fazer alguma coisa. Fez. Pegou no comando e mudou de canal.
Etiquetas: parvoíces
1 Commenários:
Cozinha, jantar.
Sala, televisão.
Esperma, zapping!
Sem o silêncio estes elementos ligam na perfeição...
By alexia, at 28 de janeiro de 2008 às 17:57
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