Estranhas formas de vida (III)
Como em todas as noites de todos os anos, ela trouxe-lhe a sopa à mesa. À primeira colherada ele queimou-se, largando bruscamente a colher e um grito.
- Chiça, está a ferver! Mas é todos os dias a mesma coisa! Fazes de propósito, de certeza! Chiça...
- Desculpa – disse-lhe ela.
Pegou de novo na sopa e levou-a para arrefecer na varanda. Sorriu. Ainda conseguia fazer com que houvesse diálogo entre eles.
Etiquetas: parvoíces
2 Commenários:
Serão estranhas formas de vida?!...
Beijinho*
By Maria P., at 24 de janeiro de 2008 às 23:21
Gosto deste género de textos. Leio sem esforço e de imediato tenho um comentário para fazer, uma posição decidida, uma clareza que contrasta com o desgaste que sinto muitas vezes quando não sei que pensar!
Á tarde andei por aqui e comentei dois. Saí para as minhas tarefas e já no carro pensei na tal posição imediata que senti assim que te li. A lucidez esbateu-se…as vezes penso que gostaria de algo parecido com o estranho mundo dos “habitantes” das tuas historias por muito arrepiante que ele me possa parecer…e logo eu que nunca me distraio na hora de aquecer a sopa!
Beijo
By alexia, at 28 de janeiro de 2008 às 21:09
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