Perfeição
Ela sentou-se, à beira-mar, de mão dada com ele. Todos achavam que eles faziam o par perfeito. Olhavam o mar, vagaroso, beijando as rochas. A dada altura, ela levantou-se e escreveu, com um dedo apenas, o nome dele na areia, dentro de um enorme coração. Sorriu. Logo depois, veio uma onda e levou-o. Curiosamente, o nome dele continuou escrito na areia. Sorriu de novo e foi-se embora. Nada como meter uma cunha a Neptuno.
Etiquetas: conto/crónica, parvoíces
2 Commenários:
a cunha essa bela instituição, especialmente quando direccionada a deuses clássicos, para bem do nobre fim amoroso.
(fico à espera de ver o que revela o fado - outra bela instituição - na micronarrativa antes da minha)
By rita, at 15 de outubro de 2008 às 20:14
Perfeito, perfeito, era ter ali uma cervejinha para beber logo a seguir...
By APC, at 13 de novembro de 2008 às 03:39
Enviar um comentário
<< Home