Lendo os jornais de hoje
Atropelos à estatística – No Público lê-se que “em Portugal, apenas nos primeiros oito meses deste ano, foram atropeladas mais de 16 pessoas por dia”. Saltando para o DN, lemos “quatro atropelados por dia”. Estranho... não eram 16? Mas o mistério resolve-se bastando, para isso, continuar a ler: “Lisboa e Porto à frente nos atropelamentos - Diariamente são atropeladas quatro pessoas, precisamente 3,98”. Ah, pronto, assim está bem - para o DN o que é importante é haver 4 mortos em Lisboa e Porto, 12 na paisagem é irrelevante. (Ou melhor, não 4 pessoas mas sim 3 pessoas e um anão a dar para o altito, já que o valor é 3,98 – que requinte, as centésimas!)
Fugimos para onde? – Também no Público, lê-se que a “Direcção do Hospital de Faro reconhece perigos para doentes nas urgências”. Bom, agora já percebo porque se deve encarar as urgências como o último recurso – porque, ao que parece, é mesmo o último sítio onde se vai ainda a respirar. Conclusão: Chamam-se “urgências” porque, mal se chega, é urgente fugir dali.
O vidrão – No Sol, “Mendes lidera grupo nas energias renováveis”. Ou seja, nada como a experiência própria de ser reciclado para ouvir o apelo amigo do Ambiente. (Já agora, será que ainda vai receber o “subsídio de reintegração” que a Assembleia da República paga aos ex-deputados quando voltam à “vida civil”?)
Espécie em vias de extinção – De acordo com o Expresso, “segundo dados da Conferência Episcopal Portuguesa, o número de padres baixou de 3159, em 2000, para 2934, em 2005. Neste ano, por cada dois padres que morreram foi ordenado apenas um”. Medidas a tomar: 1) Declarar os padres “espécie em vias de extinção”, passando a receber tratamento VIP por parte quer da Liga de Protecção da Natureza, quer do Espírito Santo (o banco, não o amigo de Cristo) já que, por este andar, em Março de 2072 morrerá o último. 2) Deixar que, mesmo morto, um padre possa celebrar missa – pouca gente irá notar a diferença. Bom, pelo menos até que o cheiro se torne diabólico. 3) Se virem um padre subir a uma árvore para comer bambu, não o incomodem – essa técnica resultou com os pandas, que também não se reproduziam em cativeiro. 4) Reciclar padres que morram – com as peças de cada dois reciclados poder-se-á obter um novo em muito bom estado. Assim, somando esse ao que é ordenado, o número de padres mantêm-se. 5) Só deixar padres andar a pé em Lisboa e Porto, pois a probabilidade de atropelamento é de 1/3 em relação aos restantes locais. 6) Nunca levar um padre doente às urgências – mais vale chamar um sacerdote vudu a fumar charros.
E é tudo por hoje.
Bom dia.
Fugimos para onde? – Também no Público, lê-se que a “Direcção do Hospital de Faro reconhece perigos para doentes nas urgências”. Bom, agora já percebo porque se deve encarar as urgências como o último recurso – porque, ao que parece, é mesmo o último sítio onde se vai ainda a respirar. Conclusão: Chamam-se “urgências” porque, mal se chega, é urgente fugir dali.
O vidrão – No Sol, “Mendes lidera grupo nas energias renováveis”. Ou seja, nada como a experiência própria de ser reciclado para ouvir o apelo amigo do Ambiente. (Já agora, será que ainda vai receber o “subsídio de reintegração” que a Assembleia da República paga aos ex-deputados quando voltam à “vida civil”?)
Espécie em vias de extinção – De acordo com o Expresso, “segundo dados da Conferência Episcopal Portuguesa, o número de padres baixou de 3159, em 2000, para 2934, em 2005. Neste ano, por cada dois padres que morreram foi ordenado apenas um”. Medidas a tomar: 1) Declarar os padres “espécie em vias de extinção”, passando a receber tratamento VIP por parte quer da Liga de Protecção da Natureza, quer do Espírito Santo (o banco, não o amigo de Cristo) já que, por este andar, em Março de 2072 morrerá o último. 2) Deixar que, mesmo morto, um padre possa celebrar missa – pouca gente irá notar a diferença. Bom, pelo menos até que o cheiro se torne diabólico. 3) Se virem um padre subir a uma árvore para comer bambu, não o incomodem – essa técnica resultou com os pandas, que também não se reproduziam em cativeiro. 4) Reciclar padres que morram – com as peças de cada dois reciclados poder-se-á obter um novo em muito bom estado. Assim, somando esse ao que é ordenado, o número de padres mantêm-se. 5) Só deixar padres andar a pé em Lisboa e Porto, pois a probabilidade de atropelamento é de 1/3 em relação aos restantes locais. 6) Nunca levar um padre doente às urgências – mais vale chamar um sacerdote vudu a fumar charros.
E é tudo por hoje.
Bom dia.
Etiquetas: comentário
2 Commenários:
Fantástico, moço! :-)
Folgo em ver-te em forma e acutilante como te sei.
A última parte está de génio!
Tem uma boa semana, s.f.f.!
:-)
By APC, at 4 de novembro de 2007 às 22:13
Adoro perceber um texto deste género (não perguntes o género que não sei responder de forma categórica) do principio ao fim. Nem sempre as tuas leituras e posteriores ilações são por mim perceptíveis mas desta vez percebi tudinho, não sou linda?!:))
Toma lá um beijinho e um aceno de lenço branco!
By Anónimo, at 9 de novembro de 2007 às 17:20
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