As seringas são nossas amigas
Segundo o “DN” de hoje, “os guardas prisionais que detectem droga nas prisões abrangidas pelo programa experimental de troca de seringas terão de apreendê-la e denunciar a situação. [...] A alegada incompatibilidade entre a distribuição de seringas aos reclusos e o cumprimento da lei foi rejeitada por Alberto Costa.”
Já estou a imaginar os prisioneiros, no pátio, a brincar aos médicos – sim, porque as seringas são distribuídas não para injecções de droga mas para que haja mais convívio e brincadeira. Só pode.
(Na mesma onda, proponho a criação de um guichet nas esquadras para distribuição de balas de borracha aos tipos dos gangs para que, nas rixas, não façam grandes dói-dóis uns aos outros, coitados).
Mas... não era suposto que uma prisão fosse o sítio mais vigiado de todos e, como tal, não houvesse entrada de droga? Então, ao haver troca oficial de seringas, não estaremos a admitir, oficialmente, a falência total do policiamento? Ou que o dito policiamento é corrupto?
Alguém que me explique isto, faxavor!
Já estou a imaginar os prisioneiros, no pátio, a brincar aos médicos – sim, porque as seringas são distribuídas não para injecções de droga mas para que haja mais convívio e brincadeira. Só pode.
(Na mesma onda, proponho a criação de um guichet nas esquadras para distribuição de balas de borracha aos tipos dos gangs para que, nas rixas, não façam grandes dói-dóis uns aos outros, coitados).
Mas... não era suposto que uma prisão fosse o sítio mais vigiado de todos e, como tal, não houvesse entrada de droga? Então, ao haver troca oficial de seringas, não estaremos a admitir, oficialmente, a falência total do policiamento? Ou que o dito policiamento é corrupto?
Alguém que me explique isto, faxavor!
Etiquetas: comentário
3 Commenários:
Bom... Eu vou tentar explicar-te: distribuindo as seringas a todos, podemos ver depois quem as utilizou, e assim sabemos quem consome. Depois é apertar com eles (assim "tipo" com bastante chantagem, tás a ver?) e descobrir quem os fornece. Claro que - concordo, concordo - essa coisa de pedir aos guardas que delatem as ocorrências é um disparate, porque é lógico que assim os presos se põe a disfarçar, o que vai dificultar o trabalho. Mas fica sempre bem tomar uma atitude; e tomando duas, mesmo que contraditórias, fica mesmo a matar!E é como se diz: não há sistemas perfeitos. mas dos males o menos: acreditamos que os guardas são pessoas cheias de princípios, que vão ver, ouvir e calar! ;-)
B*
By APC, at 20 de outubro de 2007 às 00:14
É a politica do mal o menos: ou se fecha o olho ao pó, ou temos levantamento de rancho.
Isso e o facto de os guardas prisionais também quererem ter direito a gratificados".
By Rui, at 23 de outubro de 2007 às 16:48
Não era para explicar só a parte final? Se fosse era mais fácil...
O que se refere no 1º § e que eu desconhecia parece-me contraditório e susceptível de anular o que se pretendia com a distribuição das seringas. Quanto à última parte, seja pelo que for (até pela incrível capacidade humana de esconder e enganar) a verdade é a droga entra, portanto tudo o que se possa fazer para evitar contágios é de louvar
By redonda, at 29 de outubro de 2007 às 17:39
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