O Referendo
Após muita luta parlamentar, pouca luta corpo a corpo e nenhuma luta de cães, José Sócrates, por forma a calar os adversários que o acusavam de não cumprir as promessas eleitorais, resolveu cumprir uma não-promessa eleitoral – o referendo à IMM. E é já amanhã, 10 de Fevereiro de 2008, que tudo se irá decidir.
Na semana passada, na Assembleia da República, os partidos manifestaram-se:
- O CDS argumentou que deveria ser obrigatória a interrupção, pois havendo milhões de vidas em jogo, seria um perigo para a sociedade a manutenção do actual estado de coisas, tanto mais que livre arbítrio só por vontade de Deus;
- O PSD deixou à consciência de cada um, não sem antes alertar que estaria contra a posição do PS, fosse ela qual fosse;
- O PS disse qualquer coisa só para fingir que não é tudo clone do Sócrates. Enigmaticamente, Manuel Alegre esboçou um sorriso, sendo logo mal interpretado pelos malandros dos jornalistas que afirmaram tratar-se de uma dor de rim ou de uma colagem ao espírito de Gioconda antes da higiene matinal;
- O PCP reafirmou que, do mesmo modo que os obesos comunistas, quando pressionados pelo outro PCP (o PCP/Fitness, mais conhecido por “Partido do Colesterol Português”) argumentam que “na minha barriga mando eu!”, aqui também há que respeitar os homens e as suas decisões mais íntimas;
- O Bloco de Esquerda gritou que se a interrupção passasse a ser obrigatória, logo se desenvolveriam perigosas crises maníacas e de ansiedade que, por sua vez, conduziriam à insanidade e ao caos social - claro que, em última instância, se iria assistir ao aumento da exploração e do lucro do grande capital. Para além disso, também propôs um parque eólico dentro da própria Assembleia.
Fora do Parlamento, dos restantes 9.999.699 portugueses, 9.999.698 estão-se nas tintas, o que irá trazer para Portugal mais um belo recorde (para além dos outros todos já mais que gastos e relacionados com o nosso crónico atraso económico e social) - o da abstenção. O restante português, Marcelo Rebelo de Sousa (um “grande português”, infamemente injustiçado pelo programa de nome similar, ao qual o professor dá nota 7) é contra a pergunta, seja ela qual for, mantendo a coerência com o seu próprio partido.
Ah, é verdade, a pergunta:
“Concorda que seja obrigatória a Interrupção da Masturbação Masculina se efectuada nos primeiros 10 segundos em casa de banho bem lavadinha?”
Na semana passada, na Assembleia da República, os partidos manifestaram-se:
- O CDS argumentou que deveria ser obrigatória a interrupção, pois havendo milhões de vidas em jogo, seria um perigo para a sociedade a manutenção do actual estado de coisas, tanto mais que livre arbítrio só por vontade de Deus;
- O PSD deixou à consciência de cada um, não sem antes alertar que estaria contra a posição do PS, fosse ela qual fosse;
- O PS disse qualquer coisa só para fingir que não é tudo clone do Sócrates. Enigmaticamente, Manuel Alegre esboçou um sorriso, sendo logo mal interpretado pelos malandros dos jornalistas que afirmaram tratar-se de uma dor de rim ou de uma colagem ao espírito de Gioconda antes da higiene matinal;
- O PCP reafirmou que, do mesmo modo que os obesos comunistas, quando pressionados pelo outro PCP (o PCP/Fitness, mais conhecido por “Partido do Colesterol Português”) argumentam que “na minha barriga mando eu!”, aqui também há que respeitar os homens e as suas decisões mais íntimas;
- O Bloco de Esquerda gritou que se a interrupção passasse a ser obrigatória, logo se desenvolveriam perigosas crises maníacas e de ansiedade que, por sua vez, conduziriam à insanidade e ao caos social - claro que, em última instância, se iria assistir ao aumento da exploração e do lucro do grande capital. Para além disso, também propôs um parque eólico dentro da própria Assembleia.
Fora do Parlamento, dos restantes 9.999.699 portugueses, 9.999.698 estão-se nas tintas, o que irá trazer para Portugal mais um belo recorde (para além dos outros todos já mais que gastos e relacionados com o nosso crónico atraso económico e social) - o da abstenção. O restante português, Marcelo Rebelo de Sousa (um “grande português”, infamemente injustiçado pelo programa de nome similar, ao qual o professor dá nota 7) é contra a pergunta, seja ela qual for, mantendo a coerência com o seu próprio partido.
Ah, é verdade, a pergunta:
“Concorda que seja obrigatória a Interrupção da Masturbação Masculina se efectuada nos primeiros 10 segundos em casa de banho bem lavadinha?”
Etiquetas: conto/crónica
4 Commenários:
Em primeiro lugar, queria agradecer a oportunidade de participar neste debate. Começaria por relembrar que a partir do momento em que a M&M se inicia, é já um potencial de vida que está em causa, e a vida não se pode desperdiçar. A pergunta, para não variar, encontra-se mal formulada, levando a que o povo português mais humilde do ponto de vista social, preclite diante de algo que é por demais claro: é urgente implementar a interrupção e logo nos segundos iniciais; não só por uma questão de resguardo e respeito pelas vidas que Deus permite que um homem possa gerar, como por uma questão de saúde mental, pois que desde os tempos mais remotos se conhecem os efeitos nefastos de tais práticas, levando à loucura, ao estrabismo, à alopécia, de entre outras maleitas. A Igreja, a OMS e toda a comunidade científica encontram-se, pela primeira vez, unidas neste voto pelo SIM. Contamos consigo!
By APC, at 11 de fevereiro de 2007 às 01:50
Em (quase) resposta à tua pergunta permito-me convidar-te para ver o que a Arqª. 'Zdéfa Fava escreveu no:
http://www.terapias-inocentes.blogspot.com
Bom fim-de-semana e um abraço
By zé lérias (?), at 11 de fevereiro de 2007 às 01:58
É matá-los a todos!! E tenho dito! Esses... esses... esses criminosos de uma figa!!! Cadeia é pouco!! Só se a sentença for de prisão perpétua após castração a sangue frio. Aí, sim, até aceito que lhes poupemos a vida. Masturb... isso!
By Patrícia, at 14 de fevereiro de 2007 às 16:10
Curioso, que tu e o Zé Lérias tenham falado do mesmo, em blogs iniciados na mesma altura! :-)
By APC, at 14 de fevereiro de 2007 às 16:44
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