CUOTIDIANO

sábado, janeiro 26, 2008

Estranhas formas de vida (V)

... E o alarme que ouvia no pesadelo, afinal, não era mais que o despertador da mesa de cabeceira que não parava de tocar. Desligou-o. Respirou fundo. Acalmou-se. Depois levantou-se, tomou banho, arranjou-se, comeu qualquer coisa e saiu de casa apressadamente.

- Bom dia – disse-lhe, em tom fino e sofisticado, o pinguim mais gordo de todos, quando se cruzaram no portão sul, à entrada da escola, onde iria dar as mesmas aulas de sempre. Sim, de facto tudo estava completamente normal. “Não há nada como o casamento”, pensou.

Por essa altura o marido chegava a casa, após mais uma noite alucinada com a sua amante brasileira. “Não há nada como o casamento”, pensou, enquanto comia o pequeno-almoço que a mulher lhe deixara já pronto.

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