Um belo, maravilhoso, lindo, deslumbrante, […] presente no sapatinho
- Mãe Mãe maravilhosa excelente admirável deslumbrante encantadora primorosa perfeita portentosa estupenda assombrosa surpreendente Mãe olha o que o Pai Natal me deu – gritou a criancinha enquanto abanava a cama da Mãe, provavelmente acordando todo o prédio e uns 120 ácaros mais preguiçosos.
- Não vejo nada, filha – respondeu a Mãe, ainda meio (80%, vá lá…) a dormir.
- Não vês mas ouves não me digas que estás tão distraída absorta abstracta alheia ausente desatenta pensativa alheada descuidada que não te deste conta que a prenda que o Pai Natal me deu foi um sapatinho cheio de adjectivos e como era a prenda que eu sempre sonhei já estou a brincar com eles iupiiii
- Então mas aquela boneca que…
- Esquece Mãe agora só quero brincar com os adjectivos é muito mais divertido alegre cómico engraçado pândego entusiasmante animado do que com qualquer outro brinquedo não vês
- Então e o jogo…
- Não vale a pena Mãe não quero saber de mais nada
- Se aquele sacana daquele gordo para o ano não lhe traz a porcaria dos sinais de pontuação, acho que me passo, vou até à Lapónia e empalo-o! – pensou a Mãe, enquanto continuava a sorrir, ternamente, à criancinha. Um sorriso evidentemente parvo, pateta, tolo, tonto, imbecil, idiota e obtuso.
- Não vejo nada, filha – respondeu a Mãe, ainda meio (80%, vá lá…) a dormir.
- Não vês mas ouves não me digas que estás tão distraída absorta abstracta alheia ausente desatenta pensativa alheada descuidada que não te deste conta que a prenda que o Pai Natal me deu foi um sapatinho cheio de adjectivos e como era a prenda que eu sempre sonhei já estou a brincar com eles iupiiii
- Então mas aquela boneca que…
- Esquece Mãe agora só quero brincar com os adjectivos é muito mais divertido alegre cómico engraçado pândego entusiasmante animado do que com qualquer outro brinquedo não vês
- Então e o jogo…
- Não vale a pena Mãe não quero saber de mais nada
- Se aquele sacana daquele gordo para o ano não lhe traz a porcaria dos sinais de pontuação, acho que me passo, vou até à Lapónia e empalo-o! – pensou a Mãe, enquanto continuava a sorrir, ternamente, à criancinha. Um sorriso evidentemente parvo, pateta, tolo, tonto, imbecil, idiota e obtuso.
Etiquetas: parvoíces
5 Commenários:
A mãe tem razão. Para um prémio Nobel da Literatura o mínimo são os pontos e vírgulas. Pontos e vírgulas, meus senhores... Não é assim tão difícil!
*entedo
By Balbino, at 30 de dezembro de 2008 às 07:27
Giro, engraçado, cómico, esfuziante, mirabolante...
By Conversa Inútil de Roderick, at 30 de dezembro de 2008 às 13:18
está realmente engraçado.
atendendo à época do ano, vá lá... desejos que o próximo 2009 continue a trazer destas pérolas ;)
By rita, at 30 de dezembro de 2008 às 23:11
Um must! Na verdade, está dois musts, três musts, quatro musts, cinco musts... cem musts!!! Desculpa, mas o Pê Éne este ano trouxe-me números (não para a conta bancária, infelizmente)... E quem dá o que tem...! :-)
Bué de musts!
By APC, at 3 de janeiro de 2009 às 03:03
Tu és filho de professores de Português, não és, Cuotidiano? :)
By Patrícia, at 18 de janeiro de 2009 às 12:56
Enviar um comentário
<< Home