CUOTIDIANO

sexta-feira, abril 21, 2006

Lendo Al Berto (sobre Rimbaud...)

Morte de Rimbaud

Todos os pássaros sossegaram.
As crianças desceram das árvores, guardaram os jogos, recolheram a casa.
Levanto a cabeça e deixo a voz deambular por dentro deste silêncio de água e estrelas.
A noite está próxima.
Deixo o corpo escorregar na poeira luminosa.
Acendo um cigarro, ponho-me a falar com o meu fantasma.
Longe daqui, a cidade enfeitou-se com os seus crimes de néon, com as suas traições... ouço hélices de barcos, motores... quando um rosto esvoaça ao alcance da mão.

Al Berto

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