Detesto jejum de sexo – mas tenho de me aguentar à bronca!
Era eu miúdo quando uma mosca poisou no meu círculo familiar. As moscas têm destas manias, vá lá saber-se porquê. É que se recusam mesmo a poisar em quadrados familiares...
Adiante. O meu círculo familiar era constituído por psicólogos e assassinos patológicos. Ou psicólogos patológicos e assassinos, não me lembro bem. Bom, seja como for, o meu círculo familiar enxotou-a dizendo “pu!”. E isso marcou-me a infância. O “pu!”. “Pu!”, vejam bem... Ah, e também a noção de círculo.
Seja como for, depois cresci e, empurrado por um tsunami de desemprego, aceitei trabalho como grelhador de tecto, aquela coisa iluminada e maravilhosa, simultaneamente juiz e júri, que decide quais as moscas que vivem e quais as que morrem – claro está, nunca fui clemente (nem uma ervilha, pelo menos que me lembre) e, por isso, passei tardes encantadoras, noites inesquecíveis de feéricas condenações à morte.
Até que, um dia, uma daquelas moscas pronunciou, mesmo antes do “trric!” final, um estranhíssimo “pu!”. Fez-me regressar aos traumas de infância. Controlei o óbvio impulso de me demitir e meti baixa por “incapacidade psicológica permanente” - ou “inóspita vontade de fazer cocó”, também não me lembro bem. Seja como for, saí dali.
Depois cresci ainda mais, bati com a cabeça no tecto e fiz amor com uma mosca morta - a minha ex-mulher -, no que foi a minha primeira erecção necrófila! Yupiiii!
“Pu!”, disse ela.
F***-**!
Adiante. O meu círculo familiar era constituído por psicólogos e assassinos patológicos. Ou psicólogos patológicos e assassinos, não me lembro bem. Bom, seja como for, o meu círculo familiar enxotou-a dizendo “pu!”. E isso marcou-me a infância. O “pu!”. “Pu!”, vejam bem... Ah, e também a noção de círculo.
Seja como for, depois cresci e, empurrado por um tsunami de desemprego, aceitei trabalho como grelhador de tecto, aquela coisa iluminada e maravilhosa, simultaneamente juiz e júri, que decide quais as moscas que vivem e quais as que morrem – claro está, nunca fui clemente (nem uma ervilha, pelo menos que me lembre) e, por isso, passei tardes encantadoras, noites inesquecíveis de feéricas condenações à morte.
Até que, um dia, uma daquelas moscas pronunciou, mesmo antes do “trric!” final, um estranhíssimo “pu!”. Fez-me regressar aos traumas de infância. Controlei o óbvio impulso de me demitir e meti baixa por “incapacidade psicológica permanente” - ou “inóspita vontade de fazer cocó”, também não me lembro bem. Seja como for, saí dali.
Depois cresci ainda mais, bati com a cabeça no tecto e fiz amor com uma mosca morta - a minha ex-mulher -, no que foi a minha primeira erecção necrófila! Yupiiii!
“Pu!”, disse ela.
F***-**!
Etiquetas: parvoíces
5 Commenários:
Realmente os círculos serão melhores do que os quadrados.
E comentar aqui é muito difícil!
By redonda, at 13 de agosto de 2007 às 02:02
Gostei!
(pu)
By Maria P., at 15 de agosto de 2007 às 00:02
Estas parvoíces andam do melhor eheheh...
Esta frase, contudo, deixou-me apreensiva:
"O meu círculo familiar era constituído por psicólogos e assassinos patológicos. Ou psicólogos patológicos e assassinos, não me lembro bem."
A herança genética é algo de mais poderoso do que pensamos... achas que puxaste mais o lado do psicólogo, do assassino ou do patológico?
(e ainda havia a Maga Patalógica, não era?)
Beijinhos
By A, at 16 de agosto de 2007 às 12:12
Realmente há vidas difíceis...e jejuns absurdamente inexplicáveis…ou absolutamente romanceados...
Bem, as vezes há triângulos que resolvem essa coisa do jejum, e em ultimo recurso pega no microfone e bora lá fazer um dueto:)))
Beijo
By Anónimo, at 19 de agosto de 2007 às 19:06
Jejum de sexo é chato mas às vezes temos de nos aguentar à bronca!!!
;)
By a miúda, at 20 de agosto de 2007 às 21:17
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