No meu bolso
No meu bolso deixei esquecido o amor que por ti tinha, apenas e só para te dar.
Ali estava, bem guardado, estimado, para quando te encontrasse - fosse quando fosse.
Um dia a noite cruzou-nos. Cruzámos olhares e corpos, risos e copos, qual cruzeiro às Américas destinado a não mais voltar. Mas o dia voltou. Com trabalho e coisas e assim. Então
Regressei a casa. Mas
No meu bolso deixei esquecido o amor que por ti tinha, apenas e só para te dar.
Constatei, então, que afinal nada te havia dado. Entretanto
Partiste. Havíamos gasto os cupões d’alma. E já não havia mais. Então
Despejei o bolso, rasguei o bilhete para a Grande viagem Juntos e enjoei-me, definitivamente, de mim – num cruzeiro condenado a não mais partir.
Engasgado de vida, mor
Ri.
Ali estava, bem guardado, estimado, para quando te encontrasse - fosse quando fosse.
Um dia a noite cruzou-nos. Cruzámos olhares e corpos, risos e copos, qual cruzeiro às Américas destinado a não mais voltar. Mas o dia voltou. Com trabalho e coisas e assim. Então
Regressei a casa. Mas
No meu bolso deixei esquecido o amor que por ti tinha, apenas e só para te dar.
Constatei, então, que afinal nada te havia dado. Entretanto
Partiste. Havíamos gasto os cupões d’alma. E já não havia mais. Então
Despejei o bolso, rasguei o bilhete para a Grande viagem Juntos e enjoei-me, definitivamente, de mim – num cruzeiro condenado a não mais partir.
Engasgado de vida, mor
Ri.
Etiquetas: conto/crónica
3 Commenários:
ah pois é... às vezes a pessoa guarda tão bem as coisas importantes que acaba por as perder.
enfim, desde que não se perca o sentido de humor ;)
By rita, at 30 de outubro de 2010 às 23:16
É mesmo... O que se guarda permanece enquanto tal. E muito resguardado. E um tanto aguardado... Ainda. Mesmo que se escreva como se o não fora. Mesmo que se escreva com humor. É mesmo!
By APC, at 11 de novembro de 2010 às 21:42
Tenho saudades do papagaio bipolar. Para quando mais uma saga com a avis rara?
By Loup Garou, at 15 de novembro de 2010 às 19:38
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