When I Need You
Amanhã, à mesma e exacta e certa e
rigorosa hora irei estar à tua porta, à tua espera, para te abraçar e te dizer
que há muito te esperava, desde sempre, desde o muito que não te vi. Mas sei
que, depois, apenas te verei passar e nada te direi. Nada - nem, sequer, que te
espero desde há muito. E para sempre. E à mesma exacta e certa e rigorosa hora.
Mas olhar-te, ver-te a passar e, por momentos, cheirar o teu cheiro, ouvir os
teus passos, deslumbrar-me com o teu cabelo dançando com o vento em câmara lenta, isso, apenas
isso, irá bastar para que amanhã, à mesma exacta e certa e rigorosa hora eu
volte à tua porta, à tua espera, para te abraçar. E, mais uma vez, sei que não
o farei. Mas sabendo que, no dia seguinte, lá estarei de novo para te rever, segundo
a segundo, hora a hora, dia a dia, mês a mês.
(E, sem que saibas, para te amar
outra vez.)
4 Commenários:
quando se ama alguém, sem que este se saiba amado, conta como amor? não é suposto haver, se não reciprocidade, pelo menos conhecimento? dúvidas que me atormentam...
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rita, at 15 de maio de 2012 às 00:44
À Rita: Talvez que único amor mesmo certo seja aquele que se dá...?! :)
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APC, at 5 de junho de 2012 às 01:32
Miragem :)
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Maria P., at 9 de junho de 2012 às 11:00
Sabes que passaste à minha porta um dia...
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APC, at 8 de dezembro de 2012 às 02:28
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