Odeio manhãs!
Todos os dias de manhã chego atrasado, é um facto; ainda por cima bastante irritante, principalmente para o tipo que me abre a porta do escritório que, por ser pontual e estupidamente servil, fica sempre com cãibras no braço de tanto esperar por mim, enquanto a segura (à porta, claro!) – sim, porque eu sou um tipo importante, com motorista fardado e dívidas fiscais exorbitantes.
Retomando. Há uns dias atrás, resolvi fazer alguma coisa para resolver este problema - inventei um novo tipo de despertador, a que chamei de “Pozito Inter-Digital Extraordinário” – sim, porque somente digitais há muitos, seus palermas! (desculpem, não resisti...).
Bom, dizia eu e abreviando, “Pozito Inter-Digital”. E porquê? Em primeiro lugar porque é um despertador em pó e apenas em pó, não sendo necessário misturar água para que funcione. Em segundo, porque se coloca entre os dedos dos pés da(o) parceira(o) sexual dessa noite (ou da nossa avó, se ainda for ela a adormecer-nos), regula-se para a hora pretendida – como é que isso se faz? não digo, senão iam logo registar a patente, seus palermas outra vez! – e, a essa hora exacta, o pó começa a fazer comichão à nossa, digamos, companhia. É “trigo limpo” - acordamos imediatamente ao som das suas risadas parvas! Só que (suspiro...) este invento, para mim, é completamente ineficaz E porquê? Porque, confesso, o mais próximo de parceira que encontrei nos últimos anos foi uma pomba que aterrou na minha janela e só não se pirou porque tinha uma asa partida (suspiro outra vez...).
Então, ontem, tive uma nova ideia, ainda mais revolucionária que a anterior – inventei um outro despertador, a que baptizei de “Caverna mas é o Tanas”, cujo princípio de funcionamento se baseia num anel com um compartimento para morcegos que se abre à hora marcada, libertando-os para uma galhofagem voadora de tal ordem que até acordaria um morto. Ah, e para os mais preguiçosos, criei um topo de gama que, num segundo compartimento, libertará (exactamente seis minutos depois dos morcegos) elefantes míopes que, ao chocarem com tudo e mais alguma coisa, conseguirão até acordar um deputado, às cinco da tarde, no parlamento.
Apesar disto tudo, hoje, infelizmente e mais uma vez, adormeci de manhã. Porquê? Porque coloquei o “Pozito” para despertar os morcegos da “Caverna”, mas a rambóia nocturna com os elefantes do compartimento ao lado foi de tal ordem que nem deram pela abertura matinal do seu compartimento. E lá fiquei eu a dormir outra vez...
Por outro lado, nem tudo é mau – dormi até às duas da tarde e ainda estou na cama, apreciando o pôr-do-sol, bebendo champanhe e vendo mais um episódio de animais nus no “National Geographic”. Como é óbvio, atirei as minhas invenções sanita abaixo - decididamente, odeio manhãs!
Retomando. Há uns dias atrás, resolvi fazer alguma coisa para resolver este problema - inventei um novo tipo de despertador, a que chamei de “Pozito Inter-Digital Extraordinário” – sim, porque somente digitais há muitos, seus palermas! (desculpem, não resisti...).
Bom, dizia eu e abreviando, “Pozito Inter-Digital”. E porquê? Em primeiro lugar porque é um despertador em pó e apenas em pó, não sendo necessário misturar água para que funcione. Em segundo, porque se coloca entre os dedos dos pés da(o) parceira(o) sexual dessa noite (ou da nossa avó, se ainda for ela a adormecer-nos), regula-se para a hora pretendida – como é que isso se faz? não digo, senão iam logo registar a patente, seus palermas outra vez! – e, a essa hora exacta, o pó começa a fazer comichão à nossa, digamos, companhia. É “trigo limpo” - acordamos imediatamente ao som das suas risadas parvas! Só que (suspiro...) este invento, para mim, é completamente ineficaz E porquê? Porque, confesso, o mais próximo de parceira que encontrei nos últimos anos foi uma pomba que aterrou na minha janela e só não se pirou porque tinha uma asa partida (suspiro outra vez...).
Então, ontem, tive uma nova ideia, ainda mais revolucionária que a anterior – inventei um outro despertador, a que baptizei de “Caverna mas é o Tanas”, cujo princípio de funcionamento se baseia num anel com um compartimento para morcegos que se abre à hora marcada, libertando-os para uma galhofagem voadora de tal ordem que até acordaria um morto. Ah, e para os mais preguiçosos, criei um topo de gama que, num segundo compartimento, libertará (exactamente seis minutos depois dos morcegos) elefantes míopes que, ao chocarem com tudo e mais alguma coisa, conseguirão até acordar um deputado, às cinco da tarde, no parlamento.
Apesar disto tudo, hoje, infelizmente e mais uma vez, adormeci de manhã. Porquê? Porque coloquei o “Pozito” para despertar os morcegos da “Caverna”, mas a rambóia nocturna com os elefantes do compartimento ao lado foi de tal ordem que nem deram pela abertura matinal do seu compartimento. E lá fiquei eu a dormir outra vez...
Por outro lado, nem tudo é mau – dormi até às duas da tarde e ainda estou na cama, apreciando o pôr-do-sol, bebendo champanhe e vendo mais um episódio de animais nus no “National Geographic”. Como é óbvio, atirei as minhas invenções sanita abaixo - decididamente, odeio manhãs!
4 Commenários:
A pombinha e os morcegos mandam dizer que não contes com eles para te acordarem amanhã, porque... Bem, eles disseram para te dizer apenas isto: que não contes que te acordem, mais nada! Dado que está o recado, retiro-me para evitar perguntas desconfortáveis! ;-)
By APC, at 25 de outubro de 2006 às 04:21
ODEIO MANHÃS
Assino por baixo...ai como as detesto!!!!
Fica bem!
By Anónimo, at 25 de outubro de 2006 às 10:03
Adoro o seu senso de humor. Estou a rir até agora.Também sou meio coruja. Durmo muito tarde e tenho que acordar cedo para trabalhar, coisa que nunca consigo. Sempre chego tarde, invariavelmente. Costumo tirar um super cochilo de duas horas, após o almoço. Daí, acordo renovada e pronta para o resto do dia e noite a dentro.
Um beijo brasucatropical.
By Leticia Gabian, at 27 de outubro de 2006 às 13:47
Acho que te vou contratar como provocador de gargalhadas, porque o meu psiquiatra disse que preciso de rir todos os dias. :D
Excelente, como sempre. :)
Beijos
By Patrícia, at 27 de outubro de 2006 às 15:19
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