Lendo o “Público” (2006/11/29) – “Salário mínimo poderá vir a ter aumentos semestrais”
Reunião na concertação social.
Representante dos sindicatos (S): Isto assim não pode continuar, é uma injustiça para os trabalhadores e mais uma violência deste Governo, que não respeita minimamente os direitos dos cidadãos mais desprezados por este poder capitalista, cuja face mais visível é o Ministério do Trabalho – o salário mínimo vai ter que aumentar não semestralmente, como defende o Governo, mas sim trimestralmente!
Representante do Governo (G): Tem Vossa Excelência toda a razão! (os sindicalistas ficam boquiabertos de espanto). De facto, os trabalhadores deste país são verdadeiramente explorados e esperamos contar com eles para o nosso desenvolvimento que, no fundo, é o que todos queremos e desejamos. Tem toda a razão, isto assim não pode continuar. E digo-lhe mais – é tal o nosso respeito pelas classes trabalhadoras que o aumento não vai ser trimestral, como os senhores pretendiam, mas sim mensal!
S: Eu disse “trimestral”? Queria dizer “trissemanal”, desculpe.
G: Isso agora não pode ser.
S: Mas porquê? Não me diga que isto tudo foi conversa fiada e que, mais uma vez, o Governo vai aplicar um rude golpe aos mais desfavorecidos que...
G: Calma. Não pode ser porque achamos melhor um aumento semanal.
S: Trissemanal? Semanal? Pois, parece que me enganei outra vez – Eu queria dizer "diário", é isso, diário.
G: Isso agora é que já não pode ser
S: ...
G: Vai passar a haver aumento bi-diário do salário mínimo, isso sim!; então, o que é que me diz a isto?
S: Bom, parece-me bem, estamos de acordo. Mas, já agora, esse aumento vai passar a ser de quanto?
G: 0%!
Representante dos sindicatos (S): Isto assim não pode continuar, é uma injustiça para os trabalhadores e mais uma violência deste Governo, que não respeita minimamente os direitos dos cidadãos mais desprezados por este poder capitalista, cuja face mais visível é o Ministério do Trabalho – o salário mínimo vai ter que aumentar não semestralmente, como defende o Governo, mas sim trimestralmente!
Representante do Governo (G): Tem Vossa Excelência toda a razão! (os sindicalistas ficam boquiabertos de espanto). De facto, os trabalhadores deste país são verdadeiramente explorados e esperamos contar com eles para o nosso desenvolvimento que, no fundo, é o que todos queremos e desejamos. Tem toda a razão, isto assim não pode continuar. E digo-lhe mais – é tal o nosso respeito pelas classes trabalhadoras que o aumento não vai ser trimestral, como os senhores pretendiam, mas sim mensal!
S: Eu disse “trimestral”? Queria dizer “trissemanal”, desculpe.
G: Isso agora não pode ser.
S: Mas porquê? Não me diga que isto tudo foi conversa fiada e que, mais uma vez, o Governo vai aplicar um rude golpe aos mais desfavorecidos que...
G: Calma. Não pode ser porque achamos melhor um aumento semanal.
S: Trissemanal? Semanal? Pois, parece que me enganei outra vez – Eu queria dizer "diário", é isso, diário.
G: Isso agora é que já não pode ser
S: ...
G: Vai passar a haver aumento bi-diário do salário mínimo, isso sim!; então, o que é que me diz a isto?
S: Bom, parece-me bem, estamos de acordo. Mas, já agora, esse aumento vai passar a ser de quanto?
G: 0%!
5 Commenários:
O que, de uma forma arredondada, daria um aumento zerosemanal de 100%, mais coisa menos coisa, já que 100 x 0 x sem-nada, dá cerca de... É só fazer as contas! ;-)
By APC, at 29 de novembro de 2006 às 22:49
Amigo Q.
Sabes há quanto tempo aqui o «Je» não vê aumentar o seu ordenadito - coisa positiva, aumento real - mais não fosse um cobrezito manhoso a acrescentar ao pecúlio mensal? Vão fazer, se não erro, seis anos! Ando a organizar, via net, uma big concentração de gente insatisfeita para fazermos um BIS do 25 de Abril.
Se quiseres alinhar, ainda temos disponível o lugar do personagem Salgueiro Maia . Que tal, tu, com o nome de guerra: Cuotidiano Maia; e eu Otelo Madrigal? Parece-te demasiado shakesperiano ou alinhas, ainda que com estes nomes passadistas?
Pssstttttt. Manda-me msg secreta com as palavras passe: Sim (cebola) ou Não (açafrão).
Um abraço camarada.
Non passaran! Liberdad ou muerte! El pueblo es soberano! Viva la pension minima garantida!
El Madrigal.
By Anónimo, at 30 de novembro de 2006 às 08:29
O pior é que as empresas privadas também começam a seguir os (maus) exemplos do Governo. Deve ser para criar um ambiente de solidariedade entre função pública e emprego privado. Que bonito, não é?
Abraço.
By Nuno Guronsan, at 1 de dezembro de 2006 às 13:21
Vim ver se havias notícias (se não tuas, do mundo), mas...
No news good news?
If not so, please do tell.
;-)
By APC, at 2 de dezembro de 2006 às 22:31
CUOTIDIANO.
Antes de: os teus 2 ultimos Posts.
São de Elevado nível. Continua.
O nosso problema, não era o Jogo do Euro.São a falta deles os €uros.
O aumento do V.M.?. Há uma autentica corrida aos Ferraris, as ultimas entregas para os nossos Trabalhadores, estão previstas, para 2026.
Bendita, Globalização.
Um abraço, cuotidiano.
By Anónimo, at 3 de dezembro de 2006 às 17:27
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