CUOTIDIANO

terça-feira, novembro 07, 2006

Trilogia outra vez (agora a dar para o “salazarento”) - Deus, Pátria, Família

I
As pessoas rezam ajoelhadas para estarem mais próximas de Deus. Mas se Deus está no Céu, não seria mais perto ficar de pé, não teria mais “rede”? (pelo menos com os telemóveis é assim...) Ou será que Deus tirou umas férias no Inferno?

II
A palavra “Pátria” sempre me fez confusão. Para já, a maiúscula é irritante. E se eu não gostar da minha ou se ela me lixar constantemente, ainda tenho de a tratar com maiúscula? (“Ah e tal, Exmª Srª Dr.ª D. Pátria, dá-me licença que morra por si?”) Ridículo! Em segundo, é encarado como o lugar onde se nasceu e que, sabe-se lá bem porquê, temos a obrigação de adorar; ou seja, tem de se adorar onde se nasce. Ora bem, num país que começou com um gajo que encarcerou a própria Mãe (donde obviamente nasceu), está-se mesmo a ver que ia dar um belo resultado, ainda por cima piorado pela degeneração de “n” gerações!

III
O ponto de partida da família são as Mães, não há dúvida (sim porque, a haver dúvida, é de quem será o Pai - principalmente se a “sagrada mãezinha” for a dar para o devasso...). Bom, mas pior ainda é que a maioria das Mães diz, com um ar de extremo orgulho em si mesmas (e para os parvos que as quiserem ouvir), que “Mãe há só uma!”- Mas, grande orgulho... porquê???... Será que poderia ser de outra maneira? Ou seja, como é que seria viável ser-se filho de mais de uma Mãe? As pernas sairiam de uma Mãe, os braços de outra, o tronco de outra, a cabeça ainda de outra e, finalmente, ainda haveria uma Mãe suplementar, cuja única incumbência seria juntar as peças? Bom mas, para cúmulo, está-se mesmo a ver que depois do parto colectivo diriam, em coro e outra vez com um ar de extremo orgulho em si mesmas: “Mães há só cinco!”


Próxima Trilogia – Pudins, Macedónias de Frutas e Acepipes

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