TÓPICOS (I) - DECLARAÇÃO DE AMOR
Ele faz-lhe uma declaração de
amor, engana-se numa frase qualquer, ainda tenta continuar, ela tenta conter-se
mas não consegue, começa-se a rir, pede desculpa, eram só uma letra ou duas de
diferença, pôrra! Mas o diabo está nos pormenores e o momento fica estragado.
Indiferente a isso e mui
estranhamente, após uma pausa com dores de silêncio e tudo, ele começa-se a rir
também. Estava então criado todo um novo momento, nada é verdadeiramente mais importante
do que rir juntos – de facto, a partilha do riso é a forma mais pura de se almar
alguém.
Depois acalmam, ele retoma a
frase, desta vez não se engana. Mas riem de novo. Abraçados. Pelo momento. Pelo
tempo que entenderem.
(Sem eternidade, mas com corpos.)
1 Commenários:
Quer-me parecer que se a moça se ri é bom sinal.
Diria até (numa opinião muito pessoal e facilmente rebatível) que o riso é essencial em qualquer situação de amor: ajuda a lidar com a lamechice das emoções, mas não as apaga. Pelo contrário.
By Anónimo, at 14 de outubro de 2012 às 01:18
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