Hoje falo sobre fdp’s
A minha mãe
era “portuguesa de 2ª” – isto citando rigorosamente o seu BI, aquela coisa “démodé”
que entretanto pariu o CC (estas abreviaturas são muito parideiras…). Ou seja,
apesar de filha de brancos e, ela própria, mais branca do que o Gasparzinho (o simpático
fantasma, não o sintático sinistro), era de 2ª porque nasceu no Huambo, na
altura “Nova Lisboa”. Claro está que os seus amigos de escola – mantendo a
proporção – seriam, maioritariamente e no mínimo, portugueses de 15ª. Mas
adiante.
(Isto tudo
para – por deformação profissional/matemática – achar que, continuando a manter
as proporções, seremos – quase – todos portugueses de 100º nível, sendo que há
os de 1ª, ou seja, Passos e “sus muchachos”, incluindo o Gasparzinho – o sintático
sinistro, não o simpático fantasma - que só sobrevivem, reconheça-se, porque os
restantes – nós, a apática ralé – vamos deixando.)
Continuando.
Os tais “creme de la creme” chegaram à conclusão – não matemática, não
económica, não racional, mas apenas de fé - que, se nos portássemos bem, sem ondas,
perante os credores, sem discutirmos nada, sem negociarmos nada, apenas
baixando a cabeça para recebermos o esperma em deleite de submissão, chegaríamos
a algum lado, qual cego após vazar os próprios olhos.
(E até, para a
tal recolha de esperma, nos obrigam a pagar a vaselina com juros – que, afinal
e ainda por cima, é serradura!)
Mas o pior é
que a realidade – aquela coisa que, normalmente, não dá jeitinho nenhum –
continua a surgir completamente desfasada dos sonhos delirantes dos portugueses
de 1ª e, infelizmente, mesmo em cima dos piores pesadelos dos de 100º nível.
Mas, como aos “eleitos” – na acepção religiosa do termo – isso não os afecta…
vamos embora, o 100º nível ainda é bom demais para eles, ‘bora aí dar-lhe mais,
ou melhor, tirar-lhes mais!
(Peço desculpa
mas hoje só consigo falar sobre a maior corja de fdp’s que jamais se juntou em
Portugal – falo, evidentemente, dos que actualmente nos (des)governam!)