Os dias adiados
Aqui é o meu sítio, aquele preciso sítio onde vou enterrando em palavras os meus dias adiados. Aqui é – exactamente - o local que me resta, apenas o momento que me sobra e donde, placidamente, adio a minha vida, esperando – até quando? - a chegada dos dias da paz.
Aqui é, só e apenas, o meu sítio, onde me limito a sobreviver, vendo os meus dias adiados a esgotarem-se no tempo e – outra vez - nas palavras. Já nem sei porque ando ou respiro, já nem sei quem espero – ou se espero –, já nem sei, sequer, onde anda o meu olhar outrora meu, por onde navegam os meus sonhos, em tempos meus.
Aqui é, apenas, um sítio. Um sítio só. Onde me sento e espero pelo fim de todos os meus dias.
Adiados para sempre.
Aqui é, só e apenas, o meu sítio, onde me limito a sobreviver, vendo os meus dias adiados a esgotarem-se no tempo e – outra vez - nas palavras. Já nem sei porque ando ou respiro, já nem sei quem espero – ou se espero –, já nem sei, sequer, onde anda o meu olhar outrora meu, por onde navegam os meus sonhos, em tempos meus.
Aqui é, apenas, um sítio. Um sítio só. Onde me sento e espero pelo fim de todos os meus dias.
Adiados para sempre.
Etiquetas: conto/crónica